O primeiro passo para se prevenir dos golpes do pix é reconhecer quais são as formas mais comuns que criminosos utilizam.
A praticidade do pagamento via pix facilitou muitas transações, possibilitando que o pagamento seja feito em poucos minutos e com mais facilidade.
Porém, os golpistas se aproveitam da desatenção de muitas pessoas nos aplicativos de mensagens e redes sociais para aplicar os golpes do pix.
Só em 2023, os brasileiros já perderam R$ 1,5 bilhão com esse tipo de crime, que acontece das mais variadas formas. Por isso, para se proteger dos diversos golpes, é preciso primeiro entender como eles funcionam.
Saiba como reconhecer e se proteger!
Conheça os golpes do pix mais comuns
Perfil falso
Cuidado com as mensagens de profissionais que você anda recebendo por aí.
Em muitos casos, os criminosos criam um perfil fake em aplicativos de conversa, utilizando a foto e nome da vítima, para se passar por ela e pedir dinheiro a familiares e amigos.
Para ninguém desconfiar que o contato é diferente do original, os golpistas acabam enviando mensagens dando a entender que a vítima, na verdade, mudou de número.
Alguns exemplos para se atentar são:
- “Oi, esse é meu número novo. Salva aí!
- “Mudei de número, guarda meu número novo aí”
Tudo isso para, logo em seguida, começarem uma abordagem pedindo um favor que, neste contexto, seria a transferência pix para a conta do criminoso.
Assim que feito, o contato novo bloqueia a pessoa que fez a transferência para ela não conseguir dar sequência na conversa.
Falsos funcionários de banco
Este é outro golpe do pix muito comum que precisa de atenção redobrada!
Os criminosos fingem que são funcionários de banco, ou de alguma instituição que você tem vínculo, e entram em contato via WhatsApp, SMS ou e-mail.
Geralmente, o método que usam é comunicar à vítima que há um problema com sua conta, que só será resolvido após o pagamento de uma quantia.
Para convencer, utilizam um tom de urgência e coação, intimidando que a pessoa faça a transferência o quanto antes.
Clonagem de WhatsApp
Para quem usa o WhatsApp como a principal ferramenta de comunicação, ativar a dupla proteção é uma forma de se proteger contra golpes. Isso porque a ferramenta permite criar um PIN exclusivo, solicitado periodicamente para verificar a autenticidade do usuário.
Contudo, até para isso os golpistas deram um “jeitinho”.
Mais uma vez, fingem ser representantes de empresas e, para concluir uma ação, pedem o código de segurança de 6 dígitos.
O mesmo que você criou como proteção extra!
Com o código em mãos, burlam a verificação de duas etapas, clonando o WhatsApp da vítima, fazendo-a perder o acesso, para pedir transferência via pix aos contatos dela.
QR Codes adulterados
Se gosta de fazer boas ações na internet, atente-se! Pois até nisso os golpistas encontraram uma forma de se beneficiar.
Criminosos aproveitam a exibição de QR Codes em lives e postagens nas redes sociais – geralmente voltados para doações – e alteram as informações de destinatário do pagamento.
Assim, em vez do dinheiro ir para uma boa causa, acaba parando na conta dos golpistas que trocaram os dados do QR code.
Comprovante falso
Essa prática é bastante aplicada em estabelecimentos comerciais, em que pessoas mal intencionadas querem usufruir de um produto ou serviço sem pagar.
Assim, ao finalizar uma compra, comunicam que o pagamento será via pix, e simulam estar realizando a transação.
Dessa forma, para “provar” que foi pago, mostram um falso comprovante ao vendedor, que na correria pode não perceber que acabou de cair em um golpe.
E para passar maior veracidade, em muitos casos, o documento possui os dados corretos do estabelecimento, mas não passa de manipulação feita em editores de imagem.
Pix agendado
No golpe do pix agendado, golpistas enviam o valor e transferência para a conta correta e mostram um comprovante que, até então, é verídico, porém, com um adendo: a data programada não está para o mesmo dia nem horário.
Assim, se o cobrador não perceber esse detalhe a tempo, os criminosos conseguem cancelar a transferência assim que saem do estabelecimento.
Estorno do Pix
O golpe do estorno do Pix ocorre quando criminosos obtêm o número de celular da vítima, geralmente usado como chave Pix.
Eles realizam uma transferência para essa chave e, em seguida, entram em contato com a vítima, alegando que fizeram um Pix por engano e pedem o estorno para outra chave Pix.
A vítima, acreditando na história, devolve o valor, mas para uma conta controlada pelos golpistas.
Após isso, os golpistas acionam o Mecanismo Especial de Devolução (MED), alegando que foram vítimas de fraude.
O sistema, ao analisar o caso, interpreta a situação como golpe e retira o valor da conta da vítima, deixando o criminoso com o dobro do valor.
Dicas para se proteger de golpes de pix
Verificação de 2 etapas
Ative a verificação de 2 etapas da sua conta do WhatsApp e de outras redes sociais e nunca compartilhe este PIN com ninguém. Guarde-o em um local seguro ou tente memorizá-lo.
Confie apenas em canais oficiais
Só cadastre suas chaves Pix por canais oficiais do seu banco. Além disso, saiba previamente quais são os contatos reais do seu banco ou instituição financeira para saber se uma mensagem recebida é verídica ou não.
Atente-se ao número de contato
Infelizmente, ainda é muito comum que as pessoas não se atentem com quem está falando e por uma foto e um nome já acreditam ser alguém conhecido.
Por isso, sempre confirme se o número de telefone que te ligou ou enviou mensagem é conhecido por você.
Porém, em casos de clonagem, há outra forma de realizar a verificação. Confira abaixo!
Comunique-se antes de tomar uma ação
Cheque por outros canais com parentes, amigos e familiares por outros canais ou familiares se eles realmente pediram dinheiro.
E caso suspeite de algo, tente contato com uma pessoa mais próxima para averiguar se a informação que recebeu condiz e se o número do contato está correto.
Confirme os dados do destinatário
Antes de realizar a transferência do pix, sempre confirme os dados do destinatário e observe se condiz com as informações que você tem.
Caso as informações não estejam condizentes, fique em alerta e questione.
Se ainda assim não se sentir confortável, não realize a transferência até os dados do destinatário estarem corretos.
Redobre atenção com os comprovantes recebidos
Ao realizar uma cobrança, verifique se o comprovante enviado é autêntico, e possui os dados de pagamento (nome, número de identificação, data e horário) corretos.
Para não ter problema, só libere um serviço ou produto assim que verificado que o valor do pix já esteja em sua conta.
Estar atento aos golpes do pix e conhecer as recomendações de segurança é uma forma de fazer transferências com maior segurança.
Afinal, não é preciso deixar de utilizar este método de pagamento, apenas o usar com maior cautela.
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